Monthly Archives: May 2008

Irlandeses: A escolha não é difícil…

entre estas duas músicas.

1. A da liberdade:

2. A da intimidação:

Vote Yes or we’ll all pay price, EU chief warns

(By Fionnan Sheahan, Political Editor, Tuesday May 27 2008, on the Independent)

A ironia do boicote à compra de combustíveis,

e a falácia da liberalização do preço dos ditos.

Nos últimos dias assistiu-se a uma movimentação dos consumidores no sentido de concertarem uma acção de boicote à aquisição de combustíveis em determinadas empresas revendedoras. Os blogues terão dado boa ajuda. Depois da onda passar (1,2,3,4) e da espuma começar a desfazer-se*, parece que o consenso se quedou na ideia de boicotar as aquisições de combustíveis na Galp durante período indeterminado (até ver, em português corrente).

boicote combustiveis

boicote galp

A iniciativa parece ser razoável, dado que os preços praticados por esta empresa são aparentemente tomados como referência por todas as outras. O Jardim no Deserto participa com muito gosto na divulgação desta campanha (até porque o seu autor já de há muito que tomou esta mesma decisão, para si e para todos aqueles que confiam nas suas escolhas), sem a atitude temerosa do JPG do Apdeites, mas também sem o excesso de optimismo que muitos outros aparentam ter. É preciso perceber que existem grandes limitações a esta acção.

Em primeiro lugar, é fundamental eliminar desta equação uma premissa falsa, ou, pelo menos, pouca esclarecida para grande conveniência do poder político. O preço dos combustíveis não é, nas actuais condições de mercado, um preço verdadeiramente livre (ou liberalizado, como dizem). Nem poderia ser. Porquê? Porque este é, nas condições actuais, um bem cujo consumo não pode ser substituído por outro. Isto torna rígido (ou inelástico) o crescimento da curva da procura, ou seja, qualquer variação no preço resulta numa variação nula ou quase nula na quantidade procurada.

O que as verdadeiras, mais sólidas, economias de tipo liberal (entre as quais não se conta, evidentemente, a portuguesa) têm vindo a procurar é tornar dinâmicos os preços do petróleo e seus subprodutos, recorrendo à armazenagem (as chamadas reservas estratégicas) e à tentativa de negociar no momento mais favorável – o que só é possível, ainda assim, se as quantidades oferecidas excederem num determinado momento as procuradas, coisa que parece já não ser possível.

Em segundo lugar, dada a inflexibilidade anteriormente referida e o facto da Galp deter a quase totalidade do fornecimento e distribuição ao retalho, os volumes totais comercializados pela empresa pouco variarão. Como a margem de comercialização do retalho é provavelmente a mais pequena das componentes do preço, tenho sérias dúvidas quanto à exactidão da estimativa das perdas diárias em 13 milhões de euros, avançada por alguns jornais.

*Assistiu-se a alguma discussão quanto à precedência da iniciativa nas caixas de comentários de alguns blogues.

The sweet Holy Spirit,

is promised to you… I know I can make it, for I trust in Thee…

(O doce Espírito Santo está prometido a todos nós… Eu sei que vou conseguir, porque confio em Ti…)

Mais que a liberdade de expressão…

é preciso que haja vontade (e coragem) para dizer verdade.

Dizer a verdade pode passar, rapidamente, de inconveniência a actividade perigosa. Do cor-de-rosa ao vermelho. Em qualquer sítio do mundo.

big brother award

“… O grosso dos blogues publicou depois do avanço dos media na internet, no entanto, e tendo em conta que a informação noticiosa é largamente recebida via televisão (breve referência fora do horário nobre) ou jornais (sem uma única nota), a blogosfera é cada vez mais a voz da independência, quiçá resistência, face ao controlo do que é dado a conhecer aos cidadãos. …” (Mahna Mahna, postado por Curiosa np CC&Cª em 22/Maio/2008)

“Me advierten que sobre la mesa de alguna oficina descansa “mi caso”. Un expediente lleno de pruebas de infracciones cometidas, un abultado dossier de ilegalidades que he acumulado en estos años. …” (Denuncia-alegato-confesión, escrito por Yoani Sanchez no Generatión Y em 16/Maio/2008)

Estaremos atentos em ambas as situações.

grande irmão

Não ao Tratado de Lisboa – Europa Libera (2)

Eles prometem “Uma Europa mais democrática e transparente“.

Eles, são os MEP’s (Members of the European Parliament), isto é, os membros do parlamento europeu.

Eles são os esclarecidos, os iluminados, os que tomam as decisões por nós, os nossos grandes irmãos (em inglês, big brothers).

Nós somos os cidadãos europeus, os membros de coisa nenhuma importante, os incapazes de perceber as leis, os tratados e todas estas coisas feitas em nosso nome e para o nosso bem. Nós somos os idiotas que os pusemos lá a Eles com os nossos votos.

Por toda a Europa, os governos dos diversos países negaram às suas Nações o direito de se pronunciarem sobre a mudança da sua soberania, faltando à palavra dada, nalguns casos, noutros ultrapassando preceitos constitucionais. Isto é, no mínimo, traição às respectivas Pátrias.

O que significará a palavra democracia para estas criaturas? E a palavra honra? E a palavra honestidade?


Não ao Tratado de Lisboa – Europa Libera

Estarão os povos das Ilhas Britânicas predestinados para ser o último reduto da liberdade e da democracia na velha Europa?

“… Em Julho de 1936 (Hitler) assinava um pacto com a Áustria… . A Alemanha reconhecia a total independência da Áustria, que, por seu lado, se proclamava «Estado Alemão»… . Estas cláusulas do pacto eram voluntariamente obscuras, sujeitas a diversas interpretações. Os Austríacos agarravam-se à garantia da sua independência… . Algumas semanas mais tarde, a Áustria teve, apesar de tudo, o seu referendo, mas um referendo nazi. …99,37% dos eleitores aprovaram o «regresso ao Reich»… Os ocidentais indignaram-se muito com o que se passava, mas, afinal de contas, «não eram os austríacos alemães?…» …”*

E nós? Não seremos todos Europeus?

“… Winston Churchill … na Câmara dos Comuns, a 14 de Março (de 1938): … A Europa encontra-se perante um programa de agressão cuidadosamente preparado e planeado, que se executa etapa por etapa. Só nos resta uma escolha, a nós e aos outros países: ou submeter-nos como a Áustria, ou então tomar, enquanto é tempo, medidas eficazes para afastar o perigo e, se for impossível afastá-lo, triunfar sobre ele. …”*

A única Europa que pode construir-se e existir em paz é a Europa dos cidadãos. Só os estultos nada aprendem com a experiência alheia e passada.

A liberdade, a soberania e a independência são difíceis de conquistar e mais difíceis ainda de manter. Contudo, devem ser muito importantes já que tantos deram as suas vidas por elas. Tenhamos a coragem de fazer alguma coisa para as não perder nas nossas vidas e, especialmente, nas vidas dos nossos filhos. Participe e divulgue esta acção:

Os Irlandeses são a voz de todos os cidadãos da Europa

Nós somos cidadãos livres e orgulhosos de países europeus livres e soberanos. Nós, e os nossos bens, podemos circular livremente por todos os outros países europeus soberanos. Nós não precisamos de ser cidadãos de um único e militarmente poderoso Estado federal europeu. NÓS NÃO QUEREMOS TORNAR-NOS CIDADÃOS DOS ESTADOS UNIDOS DA EUROPA. O que torna a Europa grandiosa não é a uniformidade dos europeus mas, ao contrário, as suas diversidade e diferenças.

Já agora (que está com a mão na massa) assine também esta petição:

Vote NO referendum petition

Pós-texto (em actualização):

Agradeço a generosa ajuda aos:

– Henrique Sousa, autor do Hora Absurda IV, que traduziu o manifesto para alemão.

– António Garcia, autor do Yo y NingunOtro, que o traduziu para espanhol.

– Ao casal Oege e Wynande, que o traduziram para holandês.

Agradeço, também a prestimosa divulgação feita pelos blogues:

Comadres, Compadres & Companhia, pela mão da Curiosa.

Apdeites, pelo seu autor JPG.

A Imagem da Paisagem, pela sua autora am.ma.

A Alma Pátria – Pátria Alma, por intermédio do Vítor Carvalho.

*GRIMBERG, Carl, História Universal – O mundo contemporâneo, vol. 20, Publicações Europa-América, Lisboa, 1969, p. 29, 32 e 33.

Apelo à luta por melhor justiça social.

O cristão é pacífico e não explode. Ele não é simplesmente pacifista porque é capaz de combater.

(Paulo VI, 1968)
Em frente, soldados cristãos
Marchando como guerreiros,
Com a cruz de Jesus
Avançando na vanguarda
Os fundos infernos tremem
Sob os sonoros louvores.
Irmãos, levantai Vossa voz,
Cantai alto os santos hinos
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Mas vinde sem ilusões. Aquele que vos chama é Cristo. O pobre mensageiro que aqui se Vos dirige é apenas um destroço, salvo pela Sua Graça admirável.

As armas do cristão10Finalmente, tornai-vos fortes no Senhor e na sua força poderosa.

11Revesti-vos da armadura de Deus, para terdes a capacidade de vos manterdes de pé contra as maquinações do diabo. 12Porque não é contra os seres humanos que temos de lutar, mas contra os Principados, as Autoridades, os Dominadores deste mundo de trevas, e contra os espíritos do mal que estão nos céus. 13Por isso, tomai a armadura de Deus, para que tenhais a capacidade de resistir no dia mau e, depois de tudo terdes feito, de vos manterdes firmes. …”

A emigração e os falsos números do desemprego em Portugal.

Mais uma das muitas “engenheirices” impostoras deste governo de p.s. (patranhas suasivas).

economia ao fundo

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Tese:

Entre 2005 e 2007, isto é, durante a presente legislatura ps (pseudonímia socialista), terão emigrado para o estrangeiro cerca de 300 mil portugueses à procura de emprego, o que representa um enorme acréscimo aos 440 mil desempregados registados pelos dados estatísticos oficiais no último trimestre de 2007.

Só esta correcção aos dados oficiais, que outras há e sempre para valores mais elevados, o número de desempregados no final de 2007 seria de 740 mil num total de 5, 188 milhões de pessoas empregadas (segundo o INE), o que representa aproximadamente 14,3% da população activa presente.

Se os mesmos cálculos forem efectuados com os números corrigidos de desempregados presentes no país em 2007, que se aproximam dos 589 mil, então teremos um número total de portugueses não empregados em Portugal de 889 mil, o que representa aproximadamente 17, 1% da população activa presente.

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Argumentação:

A obtenção de dados sobre a emigração portuguesa tornou-se muito difícil desde 2003, altura em que o INE deixou de recolher dados sobre o assunto. Porquê?

“… Mafalda Durão Ferreira, ex-subdirectora-geral dos Assuntos Parlamentares, afirma que a inexistência de números reais sobre a emigração «alivia as estatísticas do desemprego». …” (O Emigrante/Mundo Português, Portugal continua a ser um país de emigrantes, 18 Março de 2008)

A única hipótese seria recolher dados nos países de acolhimento, tarefa quase impossível para um cidadão comum. Contudo, com alguma paciência e persistência conseguem obter-se alguns números indicativos para suporte de uma estimativa bastante plausível.

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1. As principais estimativas são coerentes e apontam o número 100 mil por ano:

“… Existem estimativas de que partem anualmente entre 80 mil e 100 mil portugueses, mesmo que o façam temporariamente, o que representa 75,2% dos que emigraram em 2003, segundo o Instituto Nacional de Estatística …” (Diário de Notícias, Portugal continua a ser um país de emigração, Céu Neves, 9 de Agosto de 2006)

“… Desceu o número de trabalhadores a descontar para a Segurança Social. Segundo os últimos dados do Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, em Outubro do último ano (2006) estavam inscritas como pessoas singulares na Segurança Social com remuneração declarada e contribuições pagas 3.418.701. Um valor que representa uma queda de mais de cem mil pessoas face a Janeiro do mesmo ano (2006) quando estavam inscritas 3.526.180 pessoas. …” (In Verbis – Revista Digital de Justiça e Sociedade, Menos 100 mil a descontar, 25-Fev-2007)

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2. Dados parcelares suportam as estimativas principais:

“… «Todos os anos, 25 mil portugueses vão para França trabalhar», uma situação que é o «reflexo da crise e da falta de perspectivas» de quem vive em Portugal, considerou o dirigente da OCPM (Obra Católica Portuguesa das Migrações) …” (Portugal Diário, França: 25 mil portugueses emigram por ano, 22-01-2008)

“… o Ministério do Trabalho espanhol já indica 101 818 portugueses em Dezembro de 2007, ou seja, mais 25% do que no ano anterior. …” (Diário de Notícias, Portugal continua a ser um país de emigração, Céu Neves, 9 de Agosto de 2006)

“… só nos principais países de destino europeu, a percentagem de emigrantes aumentou 52,6% entre 2000 e 2006, de 419 047 para 639 612, revela o Relatório Internacional sobre Migrações de 2007 da OCDE …“ (idem)

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Algumas conclusões preliminares possíveis:

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– Estes dados apontam para uma variação negativa na criação real de emprego em Portugal no triénio 2005-2007. Exactamente o oposto do que prometia o candidato José Sousa (vulgo Sócrates), agora primeiro-ministro, nisto como em todas as promessas que fez então.

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Estes dados, conjugados com os dados da ANPME sobre o encerramento de empresas, configuram um cenário de retracção económica brutal no triénio 2005-2007, com as gravíssimas consequências sociais que ainda agora apenas começam a ser expostas.

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– O simples cálculo do PIL (Produto Interno Líquido) – um índice muito mais próximo da realidade económica, por tomar em conta a depreciação do capital – em 2007 mostra com toda a clareza a perigosa recessão económica do país, já muito próxima da depressão, dado que o crescimento do PIB (produto Interno Bruto) em 1,9% foi inferior ao da Inflação, que atingiu 2,5%.

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Esta situação vem a agravar-se fortemente em 2008 (o crescimento do PIB agora previsto em apenas 1,7% e a Inflação a situar-se nos 3,5%, na realidade 5% nos valores corrigidos) com o governo a fingir que está tudo bem, demonstrando a mais completa incapacidade de tomar quaisquer medidas de fomento e controle da economia.

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Este governo ps (pseudo-socialista) e a União Europeia com a qual está comprometido até à promiscuidade não servem os interesses dos portugueses, nem os de Portugal. Os ingleses, os dinamarqueses, os irlandeses e especialmente os Suíços sabem há muito tempo que a União Europeia, tal como está gizada, não serve os seus interesses nacionais – e não me venham cá com a desculpa da livre circulação de pessoas, bens e capitais, que isso nunca precisou de normas federativas para existir.

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à beira do abismo

A culpa sempre é dos professores!

Eis a prova definitiva que ainda faltava.

“… os perigos do sol parecem não assustar os jovens portugueses entre os 16 e os 24 anos. A julgar pelos dados de um inquérito realizado no ano passado nas praias nacionais, 70% dos inquiridos dessa faixa etária ignoram os riscos e permanecem nos areais quando o sol aperta, ou seja, entre as 12h00 e as 16h00. Mas há mais. São também estes os que menos têm por hábito usar o protector solar. …” (Destak, Portugueses desprezam perigos de exposição solar, Carla Mendes, 12-05-2008)

Os professores não conseguem sequer tornar os jovens suficientemente inteligentes para preservarem a sua saúde. Um enorme falhanço educativo!

Professores avaliados, já, e rua com todos os que não são capazes de tornar os jovens pessoas inteligentes.

a culpa

Domingo de Pentecostes.

O Espírito de Deus é o Espírito do Amor.

O Jardim no Deserto associa-se ao Comadres Compadres & Companhia na divulgação do apelo pela Rafaela. Para além de todas as referências que constam do blogue amigo, deixa-se aqui o Testemunho de Tânia Cordeiro – mãe da Rafaela, publicado no semanário O Regional do dia 6 de Março de 2008.

Boas melhoras Rafaela. Coragem Tânia!