Monthly Archives: April 2014

Quantos mais espoliados serão necessários para se atingir a massa crítica social* em Portugal?

Critical_massO Estado português apenas atribuiu prestações de desemprego a 367 mil desempregados em Março, deixando sem estes apoios cerca de 445 mil desempregados, segundo dados divulgados pela Segurança Social. De acordo com os últimos dados disponibilizados na página da Segurança Social (www.seg-social.pt), em Março existiam 366.914 beneficiários de prestações de desemprego, menos 6.741 pessoas do que em Fevereiro e o equivalente a 45% do último número total de desempregados contabilizados pelo Eurostat.
(Prestações de desemprego deixaram de fora 445 mil desempregados em Março, 28.04.2014, SIC Notícias)

Os casos de sobreendividamento, os efeitos da austeridade e as dívidas para cobrança executiva que acabam por entrar nos tribunais levaram, em 2013, à penhora de mais de 181 mil reformas, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, escreve o Diário Económico. (…) A crise e os cortes nas reformas são razões adicionais que acabam nos tribunais e o multiplicar de processos de penhoras que recaem sobre os pensionistas. Os processos são por dívidas relativas a serviços essenciais como água, luz, gás e telecomunicações u processos referentes a dívidas a fornecedores, fianças e arrendamentos.
(Tribunais penhoraram 181 mil reformas em 2013, 2014-04-28, TVI 24)

*Massa crítica (sociodinâmica)

Nota: Para aqueles que não compreendem como os pequenos podem derrubar os grandes fica aqui uma explicação simples de uma reacção em cadeia.

O mundo parece ficar mais cheio de cobardes…

sempre que morre um homem de coragem.

‘Se capitães de Abril exigem falar o problema é deles…’ Todos ao Carmo!

Os deputados afirmam pela voz da sua presidente que “Se capitães de Abril exigem falar «o problema é deles»“. Isto é assim como que uma dentada na mão que lhes deu de comer.
O primeiro-ministro vem dizer que “não quer “independentes” como deputados na Assembleia da República“. O regime recusa, portanto, reformar-se.
E o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social declara que muitos desempregados ” perderam RSI porque podiam trabalhar e não quiseram“. Assim, segundo esta criatura, os desempregados são uns masoquistas que preferem passar fome a trabalhar.

Estas são apenas algumas excelentes razões para que todos, mas mesmo todos, os portugueses que se sentem insatisfeitos, mal-tratados, espoliados e violentados por este governo e por esta legislatura subam ao Carmo hoje, 24 de Abril de 2014.
Porque desta vez não vai aparecer um cavaleiro galante montado num Chaimite para subir por eles.

E, não deve ser por acaso que o lugar se chama Carmo. Este nome é uma evocação de um lugar situado na Terra Santa, chamado Monte Carmelo: “trata-se do local onde se deu o duelo espiritual entre o profeta Elias e os profetas de Baal“.

He is risen (Ele ressuscitou).

Early morning break of dawn
Stumbling to the tomb
Standing awestruck wondering who
Rolled away the stone
And as the sun came up
Amazed they looked inside
A voice, an angel clothed in light
Don’t be afraid, He is alive!

Jesus Cristo: A Revelação de Deus.

Paixão de Jesus CristoEntre o Antigo Testamento e nós (…), mantém-se uma nova forma de revelação, o cumprimento de tudo o que apenas foi prometido no Antigo Testamnento e o actual conteúdo da revelação divina proclamada pelos Apóstolos e pela Igreja: o próprio Senhor Jesus Cristo. Esta “revelação”, por sua vez, não é “Palavra”, mas uma Pessoa – uma vida humana, plenamente reconhecida na história, um destino humano tão parecido, e ao mesmo tempo tão diferente de todos os outros: Jesus de Nazaré, o Rabi, o operador de milagres, amigo dos publicanos e pecadores, o Senhor crucificado e ressurrecto, agora, também exaltado à mão direita de Deus.
(…)
É isto o que caracteriza o Novo Tempo, contrastando com o passado como um todo, mesmo contrastando com a revelação na Antiga Aliança: o facto de que Ele mesmo está agora aqui; Ele mesmo fala, mas, por esta mesma razão, Ele não é meramente Aquele que fala, é também Aquele que age. É o que justifica o aparecimento do Reino de Deus agora; a partir de agora, o antigo transformou-se em passado, mesmo a Antiga Aliança, com todas as suas formas próprias de revelação. Estas estão todas separadas da nova revelação, para a qual todas apontaram como mensageiras, como uma luz que irradiou para o futuro, apontando para a chegada d’Ele, Jesus Cristo, no qual o próprio Deus está presente, falando e agindo.
(…)
A palavra falada é uma revelação indirecta quando presta testemunho à verdadeira revelação: Jesus Cristo, a auto-manifestação da pessoa de Deus, o Emanuel. A palavra falada, a “palavra”, no sentido do discurso actual, “dizendo alguma coisa em palavras”, foi, deste modo, relegada a segundo plano, porque o primeiro plano está agora, ocupado por Ele, a quem a Palavra Profética do Antigo Testamento apontou como Aquele que Vem. Por esta razão, o significado da revelação do Antigo Testamento agora – e somente agora – se cumpriu, e o seu cumprimento é: o Homem no qual o próprio Deus está presente: falando, agindo, sofrendo, reinando.

texto adaptado de “Dogmática” de Emil Brunner

Do what you want to do. / Faz aquilo que desejas.

“Dr. John Kitchin quit a medical career to pursue his passion: skating along the boardwalk of San Diego’s Pacific Beach.” Why? Because a 93 years old man told him: Do what you want to do.
I do not use (or like) to share personal experiences in public. However, this time I will open an exception. This was more or less the same thing my best friend told me before she died, too young and full of wish to live. And, the same way it happened to John Kitchin, this sentence ended up changing my life – although (apparently) in a less radical way.

“O neurologista John Kitchin desiste da carreira como médico para seguir a sua paixão: patinar no passeio ao longo da praia Pacific Beach em S. Diego.” Por que razão? Porque um homem de 93 anos de idade lhe disse: Faz aquilo que desejas.
Não costumo (nem gosto) de partilhar experiências pessoais em público. Mas, neste caso, irei abrir uma excepção. Foi mais ou menos esta a frase que me disse a minha melhor amiga antes de morrer, demasiado jovem e cheia de vontade de viver. E, tal como aconteceu a John Kitchin, esta frase acabou por mudar a minha vida – embora de uma forma (aparentemente) menos radical.

Não se enganem. Se algum de vocês pensa que é sábio segundo os padrões desta era, deve tornar-se “louco” para que se torne sábio.
1 Coríntios 3:18 (NVI-PT)

Do not deceive yourselves. If any of you think you are wise by the standards of this age, you should become “fools” so that you may become wise.
1 Corinthians 3:18 (NIV)