Monthly Archives: February 2010

A grande revolução do início deste século é a de que ‘o pequeno é bonito’*.

Enquanto que por cá, neste nosso minúsculo país, os enormes egos dos homúnculos “socretino-sucialistas” se entretêm com as grandes obras de iniciativa “governamento-estatal” (rede de alta velocidade, mais auto-estradas, o gigantesco aeroporto, os parques eólicos e solares, a rede “para a mobilidade eléctrica”, etc., etc.), em grandes países, os pequenos egos de muitos homens muito competentes e empreendedores vão construindo o futuro. E, o futuro não está nas coisas grandes mas, pelo contrário, nas coisas pequenas, simples e portáveis. Senão vejamos.

A peça de hardware que evoluiu mais depressa e mais modificou os nossos hábitos de utilização da informática nos últimos 2-3 anos, foi seguramente a pen-drive. Pequena, cada vez mais barata e com mais capacidade para armazenar/transportar tudo o que existe actualmente em formato digital (documentos, música, vídeos, software), é hoje usada por quase toda a gente, independentemente dos seus maiores ou menores conhecimentos de informática.

Por esta razão, entre outras**, os novos caminhos da produção/utilização de software estão a mudar o rumo que lhes era previsto recentemente: não o da utilização generalizada de aplicações através da internet, mas antes o uso de pequenas (mas poderosas) aplicações denominadas portable, que são instaladas/guardadas nas pen-drives, podendo por isso ser levadas e usadas em qualquer computador/lugar, mesmo que não se disponha de acesso à internet.
Basta fazer uma pequena pesquisa por “portable software” num motor de busca e os resultados são surpreendentes. Há de tudo para colocar e usar a partir da pen-drive, desde anti-vírus até suporte para bases de dados (SQL servers), passando por aplicações de edição de texto, imagens ou vídeo, por exemplo.
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Mas a mudança recente mais revolucionária no sentido da redução de escala (sob qualquer ponto de vista), da portabilidade e da simplicidade de um sistema, é a micro-geração eléctrica autónoma, local ou individual (doméstica), através de pilhas de combustível extremamente pequenas, baratas e adaptáveis a diversos combustíveis. Os seus criadores deram-lhe o nome de Bloom Box. Veja este excelente post do Mashable***.

Os governantes e decisores socialistas deste país continuam a pensar que o progresso se obtém por decreto.
Qualquer pessoa pode usar uma situação de poder para se apoderar das ideias alheias e pô-las em prática como se fossem suas, em vez de apoiar os respectivos autores. Mas as ideias, tal como todas as outras coisas pertencentes ao mundo finito dos homens, nascem (na mente de alguém), crescem (mais ou menos, conforme são mais ou menos alimentadas e cuidadas) e morrem (porque são substituídas por outras ideias mais evoluídas ou mais adaptadas às circunstâncias). É ai que são apanhados os que copiam e mentem, porque eles não são capazes de gerar novas ideias ou de fazer evoluir correctamente as anteriores. As universidades portuguesas estão cheias de gente assim; oportunistas, carreiristas, espertalhões sem ideias e sem valores. Infelizmente.

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*Alusão ao título do livro de E. F. Schumacher, Small is beautiful.
**Por outro lado, muitos outros dispositivos portáteis de pequena dimensão/capacidade (telemóveis e os denominados pads) necessitam cada vez mais de pequenos software que suportem os serviços decorrentes da utilização alargada da internet móvel.
*** Segundo os seus autores, “the world’s largest blog focused exclusively on Web 2.0 and Social Media news”.
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Uma prece na tarde:

Oh Lord, You are beautiful.

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Oh Lord, please light the fire,
That once burned bright and clean.
Replace the lamp of my first love,
That burns with Holy fear.
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I want to take your word and shine it all around.
But first help me to just, live it Lord.
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Portugal definitivamente apanhado na espiral do sobreendividamento.

Acalmar o mercadoO Estado português emite mais dívida, cada vez mais cara, para suportar as obrigações resultantes da dívida acumulada anterior.

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É o que diz, de facto, a notícia seguinte – embora possa não parecer aos menos atentos:

O Instituto de Gestão do Crédito colocou esta manhã uma emissão de mil milhões de euros em obrigações do tesouro a cinco anos. Os títulos irão pagar um juro de 3,498%, bem acima dos 2,759% da emissão similar realizada em Novembro.

A diferença de quase 75 pontos base reflecte o aumento da pressão dos investidores sobre a dívida portuguesa e a situação das contas pública nacionais,

Esta é a segunda emissão de obrigações em duas semanas, um “timing” que procura aproveitar uma relativa maior acalmia nos mercados,

A emissão de hoje é a terceira de 2010, depois da colocação de 3.000 milhões numa nova obrigação a dez anos a 10 de Fevereiro.

Alberto Soares reconheceu ontem que a situação no mercado “é exigente” e que, por isso, é necessário “estar atento às janelas de oportunidade que se abram no mercado”.

o maior receio, de acordo com uma análise recente do Morgan Stanley, é de que algum problema de liquidez pontual leve o País a falhar os pagamentos num momento específico.

o mês mais crítico será Maio, altura em que Portugal terá de se refinanciar em 4 mil milhões de dólares para pagar juros e obrigações que maturam, isto numa altura em que também outros países estarão no mercado.

(Portugal paga juro de 3,5% na emissão de mil milhões em obrigações, Nuno  Carregueiro, 24 Fevereiro 2010, Jornal de Negócios)

 

Agnus Dei.(4)

Domine Deus, Agnus Dei, Filius Patris.

Senhor Deus , Cordeiro de Deus, Filho do Pai.
Lord God, Lam of God, Father’s Son.
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(For Maria)

Um mal nunca vem só.*

(…) O primeiro-ministro José Sócrates, acompanhado do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, partirá de avião para a Madeira logo que as condições climatéricas permitam que o avião aterre nesta região autónoma. (…)
(31 mortos confirmados e 63 feridos devido a mau tempo, publicado 15:35 20 Fevereiro ’10, RTP Notícias)

*Provérbio popular português.

Actualização (21:50):

Para ter uma ideia mais precisa da extensão da catástrofe pode usar este extraordinário mapa interactivo feito pelo Alexandre Gamela:

Encontrado aqui.

As palavras do “Grande Líder” (nem consigo comentar):
(…) Questionado sobre verbas a disponibilizar pelo governo para auxiliar o Governo regional da Madeira, José Sócrates referiu que “este não é momento para falarmos, mesquinhamente, de verbas”.
“Eu venho aqui simbolizar esse companheirismo que todos os portugueses sentem com a Região Autónoma da Madeira”, frisou. (…)

(Sócrates reúne-se ainda hoje com Governo regional para definir ajudas, 20.02.2010, Lusa/Público)

Corru Petos, Fute Bóis e Ofe Chores.

Ou, como é fácil enganar os parvinhos dos “tugas”.

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Corruptos
clique na imagem para saber quem são os “artistas digitais”
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Se (ainda) não confunde tolerância com cegueira

marque presença no próximo sábado, 20 de Fevereiro, pelas 15 horas, em Lisboa no Marquês de Pombal, na Manifestação pelo Casamento e pela Família.

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Porque é preciso mesmo ser cego para não ver o caminho que este governo quer impor aos cidadãos, em nome de uma falsa igualdade dos comportamentos desviantes de uma minoria com o comportamento saudável da maioria.

Para aqueles que se deixaram de alguma forma confundir, fica aqui em baixo uma demonstração muito visual desse perigoso caminho.

– Primeiro, o governo legaliza isto:

casamento gay marriage casamento lésbico lesbian marriage

– A seguir, não deixará de legalizar isto:

pre-orgia orgysado-masoquismo masochism

– E, um dia legalizará também isto:

Bestialidade sexual

 

Um retrato cru de quem (se) tem governado (em) Portugal.


Da segunda maioria absoluta ― a de José Sócrates ― saiu não já o yuppie do status económico-empresarial, mas o jovem Chico-esperto formado na juventude partidária, o Zé Carioca português, o citadino que vive de expedientes políticos, o fura-bolos, o desenrascado, o trapaceiro que não olha a meios para atingir os seus fins sem grande trabalho, o indivíduo sem escrúpulos que não enjeita uma qualquer oportunidade para se encostar a quem quer que seja para trepar na vida ― nem que tenha que fazer que conta que a humilde e analfabeta mãe “é uma parente muito afastada”.
De certa forma, aconteceu um fenómeno de Trickle-down effect segundo Georg Simmel: a moda do yuppie filho do papá rico do tempo de Cavaco Silva, descambou num yuppie que veio da merda do tempo de José Sócrates que subiu na vida à custa do chico-espertismo e do oportunismo político.
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Sócrates chico-esperto modelo


A forma de falar e de “enrolar”, a colocação e o tom de voz, os gestos do discurso e o discurso dos gestos, o ar de malandreco que tem o condão de transformar a mentira em apenas um pequeníssimo detalhe que corrobora a verdade da sua boa-fé, a personalidade de borracha que o protege de qualquer queda ético-moral ― estes são os atributos do chico-espertismo do Zé Carioca português que segue o exemplo do seu líder político.

Tirado daqui.

Agnus Dei.(3)

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.

Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, tem piedade de nós.
Lamb of God, you who take away the sins of the world, have mercy upon us.
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(For Karen)

O Alegre incoerente

ou, apanha-se mais depressa um incoerente que um coxo.

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Gate houndO candidato presidencial Manuel Alegre defendeu hoje que, numa situação de crise, o Presidente da República deve demitir o primeiro-ministro sem dissolver o Parlamento, procurando soluções de Governo dentro da maioria parlamentar ou de outros partidos.

(Presidenciais: Alegre defende demissão de um primeiro-ministro sem dissolução do Parlamento, 18.11.2005, Lusa, Público)
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Manuel Alegre afastou ontem a sua candidatura presidencial do PS mas garantiu que, caso seja eleito, não fará cair o actual Governo. “Não me candidatarei para governar, nem terei como objectivo principal e imediato criar as condições para demitir o actual Governo na primeira oportunidade”, disse o histórico socialista num almoço com apoiantes no Porto.

(“Não terei objectivo de demitir Governo”, 01 Fevereiro 2010, Ana Patrícia Dias/Janete Frazão/A.I.F, Correio da Manhã)
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