Monthly Archives: January 2016

Christ the solid rock. (Cristo, a rocha segura.)

I waited patiently for the Lord; (Esperei com paciência que Deus me socorresse;)
he turned to me and heard my cry. (então ele me ouviu e atendeu ao meu apelo.)
He lifted me out of the slimy pit, (Tirou-me dum poço de desespero,)
out of the mud and mire; (dum charco de lodo,)
he set my feet on a rock (e pôs-me os pés sobre uma rocha,)
and gave me a firm place to stand. (fez-me andar num caminho seguro.)


He put a new song in my mouth, (Deu-me, para cantar, um novo cântico)
a hymn of praise to our God. (de louvor ao nosso Deus.)
Psalm 40 (Salmo 40)

Pode a Astronomia explicar a bíblica estrela de Belém? / Can astronomy explain the biblical Star of Bethlehem?

E, tendo nascido Jesus em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, e perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo.
Mateus 2:1-2 (Matthew 2:1-2)

… e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
Mateus 2:9 (Matthew 2:9)

Conjunction Venus and Jupiter on Aug 12, 3 B.C.“… Será possível encontar alguma explicação, compatível com  as palavras de Mateus, que não precise que as leis da Física sejam violadas e que esteja relacionada com a Astronomia? A resposta, surpreendentemente, é sim..

O astrónomo Michael Volnar assinala que “a leste” é uma tradução literal da frase grega “en te anatole”, a qual era um termo técnico usado na astrologia matemática há 2 mil anos. Referia-se, muito especificamente, a um planeta que iria erguer-se acima do horizonte a leste exactamente antes do sol aparecer. Então, o planeta desvanecia-se com o brilho intenso do sol, imediatamente após o seu aparecimento no céu matinal. Apenas por um breve instante se podia ver esta “estrela do Leste” (não gosto da tradução mais comum, “estrela do Oriente”, porque está muito relacionada com a maçonaria).

E, aqui será necessário recorrer a algum conhecimento de Astronomia. Durante o tempo de uma vida humana, praticamente todas as estrelas permanecem fixas num mesmo lugar na abóboda celeste; as estrelas nascem e põem-se todas as noites mas não mudam a sua posição relativamente umas às outras. As estrelas do Carro de David (o grupo das sete estrelas mais brilhantes da constelação Ursa Maior) aparecem ano após ano sempre nas mesmas posições relativas, mas os planetas, o sol, e a lua vagueiam por entre as estrelas fixas. De facto, a palavra ‘planeta’ tem origem na palavra grega que significa ‘estrela errante’. Ainda que os planetas, o sol e a lua se movam aproximadamente sempre segundo a mesma trajectória sobre o fundo estrelar, eles deslocam-se a diferentes velocidades e, por isso, cruzam-se frequentemente. Quando o sol se aproxima de um planeta deixa de ser possível vê-lo; mas quando o sol se afasta o suficiente dele, esse planeta pode novamente ser visto.

E agora serão necessárias algumas referências de astrologia. Quando o planeta reaparece de novo e nasce no céu matinal momentos antes do sol, pela primeira vez após ter estado escondido pelo clarão solar durante muitos meses, esse momento é designado pelos astrólogos como nascimento heliacal. O nascimento heliacal, aquele momento especial do reparecimento de um planeta no horizonte, é aquilo que “en te anatole” significava na antiga astrologia grega. Em particular, o reaparecimento de um planeta como Júpiter era tido pelos astrólogos gregos como simbolicamente significante para alguém nascido nesse dia.

Assim, a “estrela do Leste” refere-se a uma ocorrência astronómica com um suposto significado astrológico no contexto da astrologia grega antiga.

E, quanto à estrela parada directamente sobre o presépio original? A palavra usualmente traduzida como “parar sobre” (ou “pairar por cima”) provem do grego epano, que também tem um significado importante na astrologia antiga. Refere-se ao momento particular em que um planeta pára o seu movimento aparente na abóbada celeste antes de mudar o sentido do seu movimento aparente de ocidente para oriente. Isto acontece quando a Terra, cuja órbita solar é mais rápida do que a de Júpiter ou Saturno, alcança ou ultrapassa esse outro planeta.

A combinação rara de acontecimentos astrológicos (o planeta ‘certo’ a nascer antes do sol; o sol estar na constelação ‘certa’ do zodíaco; e ainda outras combinações de posições planetárias[1] consideradas importantes pelos astrólogos), em conjunto, terão sugerido aos astrólogos antigos um horóscopo régio e um nascimento real.

Molnar acredita que os sábios seriam, de facto, muito sábios e peritos na matemática. Eles também conheceriam a profecia vetero-testamentária que um novo rei nasceria da família de David. Muito provavelmente, eles teriam observado os céus durante anos à espera dos alinhamentos que prenunciariam o nascimento deste rei. Quando identificaram um poderosa série de portentos astrológicos, decidiram que seria o tempo certo para se prepararem para encontrar o líder profetizado.

Se os sábios de Mateus empreenderam realmente uma viagem para procurarem um rei recém-nascido, a ‘estrela’ brilhante não os teria guiado, apenas lhes teria indicado que era tempo estabelecido para procurarem. E, não teriam encontrado uma criança deitada numa mangedoura. Afinal, o bebé teria já oito meses quando eles descodificaram a mensagem astrológica que eles acreditavam predizer o nascimento de um futuro rei. O portento começou em 17 de Abril do ano 6 antes do nascimento de Cristo (com o nascimento helicoidal de Júpiter nessa manhã, seguido, ao meio-dia, pela sua ocultação lunar na constelação de Carneiro) e durou até 19 de Dezembro do mesmo ano (quando Júpiter parou o seu movimento aparente para Oeste por algum tempo e começou a movimentar-se para Este, relativamente às estrelas fixas em fundo). Ao tempo a que estes homens poderiam ter chegado a Belém, o mais rapidamente possível, o menino Jesus seria pelo menos uma criança em idade de aprender a andar. …”

Amazingly, astronomy can explain the biblical Star of Bethlehem, by David A. Weintraub, December 26, 2014