Monthly Archives: April 2010

MayDay 2010: dá a volta à precariedade.

May Day 2010 - cartaz
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Ser precário é eventualmente fazer estágios de profissionalização para animar as estatísticas do governo.
Ser precário é não ter a certeza de arranjar trabalho amanhã.
Ser precário é não ter direito ao subsídio de desemprego, mesmo quando já se trabalhou muito e agora não se tem trabalho.
Ser precário é ser obrigado a fazer descontos mesmo quando não se ganhou dinheiro.
Ser precário é receber um salário de miséria e engrossar o cabedal das empresas de trabalho temporário, muitas delas nas mãos dos boys e dos manda-chuvas dos grandes partidos.
Ser precário é não ser contabilizado nas já extensas listas dos desempregados.
Ser precário é trabalhar sem contrato e poder sempre ser despedido sem justa causa.
Ser precário é estar sistematicamente «à experiência», por muito comprovadamente experiente que se seja.

Ser precário é não poder ter filhos, porque os patrões não gostam de grávidas, nem de mães competentes, nem de pais demasiado presentes.

Ser precário é não ter a certeza de poder pagar a renda, é ter a certeza de que o dinheiro não dá para todas as facturas.
Ser precário é ter de comer menos e menos vezes por dia, excepto quando a família ou os amigos se compadecem.

Ser precário é ter vontade de ir para a rua gritar.
Ser precário é ser obrigado a ir para a rua gritar.
Ser precário é decidir ir para a rua gritar.


Ser precário é, de súbito, ter consciência de que se todos dermos as mãos e batermos os pés, O MUNDO TREME.
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Calcula-se que os trabalhadores precários sejam actualmente mais de 1 milhão e 500 mil. Se apenas 1 em cada 10 for à manifestação serão 150 mil pessoas unidas no mesmo protesto – 150 mil… “eles” vão dar por isso.
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Apoiadíssimo!

PROCURA-SE, em estado mudo ou comatoso!

Publicado por CAA em 30 Abril, 2010
no Blasfémias

Ah! Então é isto o socialismo…

Capitalismo socialista ou socialismo capitalistaO governo português reduziu o salário do primeiro-ministro em 20%, o dos ministros em 15%… Não! Espera! Isso foi o governo irlandês (esses grandes parvos).

Por cá os cortes e reduções não vão afectar os sacrificados membros do governo, nem os  pobres e explorados deputados, mas somente os portugueses mais privilegiados:

Subsídio de desemprego cortado em 61€ por mês

Carteiros em greve entre 26 e 30 de Abril contra diminuição salarial

Agora, imaginem por momentos que o governo não era socialista: que injustiças sociais não seriam então cometidas?

Aditamento (01-05-2010 , 00:45):
Espanha corta um terço das empresas públicas e 32 altos cargos para poupar gastos
Por cá, o governo ainda tem muito por onde cortar. Deverá estar neste momento a ponderar se baixa as pensões sociais ou os abonos de família.

Prestação de contas.

Chegados aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui, há uma pergunta que não pode deixar de fazer-se:

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Aqueles que puseram Portugal naquela que é seguramente a pior situação económica das últimas duas décadas não vão ser  obrigados a prestar contas por isso?

PEC 2010: Sócrates e Teixeira

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O (mau) comediante Sócrates.

ComedianteO país está sem rumo e sem confiança no futuro, alerta Cavaco Silva. No seu último discurso do 25 de Abril antes das presidenciais, o chefe de Estado apontou caminhos e medidas concretas para o Governo tirar o país da crise. José Sócrates considerou-o “inspirador”.

(Presidente alerta para a falta de rumo no país, Alexandra Inácio, 26 Abril 2010, JN)

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O primeiro ministro lamentou, esta segunda-feira, que os seis primeiros meses de Governo minoritário tenham sido marcados pela agressividade da oposição, apesar de dizer que se esforçou em sentido contrário e de a conjuntura impor uma governação exigente.

(Sócrates lamenta agressividade de toda a oposição, 26 Abr 10, TSF)

Sinceramente, não sei se ria, se chore.
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Ambas (as duas) notícias foram encontradas aqui.
(A prova provada que o Guinote, e os professores em geral, trabalham pouco, pois têm tempo para descobrir estas notícias todas…)
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O (mau) comediante Sócrates.

ComedianteO país está sem rumo e sem confiança no futuro, alerta Cavaco Silva. No seu último discurso do 25 de Abril antes das presidenciais, o chefe de Estado apontou caminhos e medidas concretas para o Governo tirar o país da crise. José Sócrates considerou-o “inspirador”.

(Presidente alerta para a falta de rumo no país, Alexandra Inácio, 26 Abril 2010, JN)

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O primeiro ministro lamentou, esta segunda-feira, que os seis primeiros meses de Governo minoritário tenham sido marcados pela agressividade da oposição, apesar de dizer que se esforçou em sentido contrário e de a conjuntura impor uma governação exigente.

(Sócrates lamenta agressividade de toda a oposição, 26 Abr 10, TSF)

Sinceramente, não sei se ria, se chore.
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Ambas (as duas) notícias foram encontradas aqui.
(A prova provada que o Guinote, e os professores em geral, trabalham pouco, pois têm tempo para descobrir estas notícias todas…)
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Come, Holy Spirit, I need Thee / Vem, Santo Espírito, eu preciso de Ti.

Come, Holy Spirit, I pray / Vem, Santo Espírito, eu oro.
Come, in Thy strength and Thy power / Vem, em Tua força e Teu Poder;
Come, in Thy own gentle way / Vem, com o Teu jeito suave.
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Pedindo o Pentecostes com a música de / Askink for Pentecost with the music of Jimmy Swaggart.
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25 de Abril de 2010: a corrupção dos cravos…

Democracia falhadaDomingos Névoa tentou subornar o vereador José Sá Fernandes com 200 mil euros. Foi condenado em 5 mil (40 vezes menos). Tudo ficou provado, mas Ricardo Sá Fernandes (que denunciou) foi multado em 10 mil. Pagou-os ao empresário condenado por lhe chamar corrupto. Para o dito, o saldo foi positivo. Amealhou 5 mil euros e saiu como o caluniado.
Chega? Não. Agora, Névoa foi absolvido. A Relação considerou-o desinformado: o vereador não teria poderes para o que o corruptor pretendia. A interpretação destes juízes significa duas coisas. Primeiro, a ignorância compensa (veja-se o caso Figo). Doravante o cidadão deve fazer–se de (ou ser) ignorante. Se for corrompido, pode ganhar dinheiro. Se não ignorar a corrupção e denunciar, pode perder.
Segundo, ninguém pode ser acusado de corromper um vereador. Só o Presidente de Câmara. Nem um secretário de estado. Só um Ministro. Ou só mesmo o PM. No limite, como muitas decisões são colectivas, acabou-se a corrupção. Daí que existam tão poucas condenações por este crime: os outros tribunais foram visionários e já estavam a seguir esta linha. Que bom. Finalmente, há quem trate desta gangrena em Portugal. Talvez, em todo o mundo. Muito obrigada, Tribunal da Relação. A democracia agradece-lhe eternamente esta linda rifa do 25 de Abril.

(A rifa da Democracia, Joana Amaral Dias, 24 Abril 2010, Correio da Manhã)
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Porque não adiro à moda dos carros eléctricos

Carros electricos de feirae dos automatismos domésticos.

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Num dia do princípio desta semana acordei e, sobressaltado, verifiquei que o despertador digital eléctrico estava surdo e apagado. Concluí que a electricidade estava a faltar-me em casa havia muito, pois o aparelho tem um acumulador que lhe permite continuar ligado durante algum tempo em caso de falha de corrente na tomada.
Às apalpadelas, lá procurei o relógio de pulso em cima da mesinha de cabeceira e verifiquei, aliviado, que o meu despertador biológico interno estava bem regulado e me tinha acordado a horas.
Levantei-me às escuras, pois os estores eléctricos das janelas não funcionam sem… electricidade. Verifiquei, como já calculava, que se quisesse tomar banho teria que usar água fria, pois o sistema solar-eléctrico de aquecimento não tinha funcionado durante toda a noite.
Concluídas as frias abluções matinais, dirigi-me à cozinha e verifiquei que a máquina de café automática – eléctrica, pois claro – não tinha produzido a confortante bebida. Tomar o pequeno almoço frio, em resultando do não funcionamento do fogão eléctrico, acabou-me com qualquer réstea de boa disposição.
Antes de sair de casa tentei ligar para o serviço de comunicação de avarias da EDP, mas o telefone também é daqueles sem fios que têm uma base que precisa de corrente eléctrica para funcionar.
Saí, para confirmar que o carro eléctrico não tinha carregado as baterias durante a noite e ia ter que chamar um táxi para chegar ao trabalho a horas.

Ná! Estava a brincar. As únicas descrições verdadeiras são as respeitantes ao despertador e ao telefone.
Os elevadores dos estores são manuais, o aquecimento da água do banho é feito por um esquentador a gás propano a partir de depósito próprio, não tenho máquina de café automática, o fogão é misto, eléctrico e a gás, e o carro tem um motor de combustão interna, autónomo, e o depósito (quase) sempre com bastante combustível.

Penso que seria fastidioso contar-vos aqui as dificuldades que tive para obter a assistência da EDP, pois a maior parte dos que me lêem já saberão (infelizmente) como tal se processa. Quero apenas referir que (ao contrário do que possam estar a pensar) fiquei muito satisfeito pela ocorrência, a qual tomei como um sério aviso, uma boa lição. Mais dependências do abastecimento de electricidade no país do monopólio EDP… não, muito obrigado!

Mais uma verdade inconveniente ou

Marc Fabermais um inconveniente a dizer a verdade (toda a verdade e nada além da verdade).

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“…they’ll just print money and print more money,” (…)
“What I object to the current government intervention in so-called ‘solving the crisis’, (is that) they haven’t solved anything. They’ve just postponed it.”

(Governments Will ‘Bankrupt Us’: Marc Faber, 22 Apr 2010, CNBC.com)

E quem é este Marc Faber – perguntais vós -, que diz tais inconveniências ao estilo de Medina Carreira? É com certeza “um prestigiado economista” com “um vasto currículo”, de acordo com a nova linguagem politicamente correcta.

notícia apanhada aqui