Monthly Archives: September 2013

Mais um título para Lisboa.

Depois de ter sido “eleita” a “melhor cidade europeia para escapadelas“, ou “melhor cidade europeia para viagens de curta duração” – conforme as versões jornalísticas -, Lisboa obtém mais um título, o de “cidade menos honesta do mundo“.

Carteirista lisboeta

Concluindo, Lisboa é o melhor destino da Europa para rapidinhas, digo, escapadelas ou estadias de curta duração mas… sempre com a mãozinha na carteira, pessoal. Esta é também, sem dúvida, mais uma vitória para António Costa.

Dia de oração por Saeed Abedini e por toda a Igreja perseguida.

Imaginem, por instantes, o que aconteceria se um português, sem qualquer cadastro, residente no Irão e entretanto nacionalizado iraniano e convertido ao Islão, viesse a Portugal acompanhar a construção de um orfanato subsidiado pela sua própria família, aqui residente, e fosse preso e condenado a 8 anos de prisão sob a acusação de “minar a segurança nacional” por … promover [juntamente com outros crentes] uma «guerra cultural» contra o governo através da sua prática do… [Islamismo] em igrejas domésticas informais. Isso é impensável, dirão. Mas foi exactamente isso que aconteceu ao pastor protestante americano-iraniano Saeed quando decidiu visitar a família no Irão, o ano passado.

Por isso, hoje, dia 26 de Setembro de 2013, no dia em que faz um ano que o pastor Saeed foi preso, haverá uma jornada mundial de oração pela libertação de Saeed Abedini e de toda a Igreja perseguida. Em Portugal, o lugar de encontro, generosamente posto à disposição pela Igreja Encontro de Vida da Amadora, é o seguinte: Avenida Miguel Bombarda 64 – 1.º andar, 2745-172 Queluze a vigília de oração ali começa às 20 horas.

A muitos será impossível ir ali orar com aqueles irmãos em Cristo. Mas, para um vero cristão orar qualquer lugar é bom. Por isso, deixo aqui este apelo A TODOS OS IRMÃOS EM CRISTO, independentemente da sua origem ou denominação, que HOJE, PELAS OITO DA TARDE RESERVEM UM TEMPO, mesmo que breve (bastam 5 ou 10 minutos), PARA SE JUNTAREM A ESTA ORAÇÃO COLECTIVA, EM NOME DE JESUS.

May this be The Rain Song of a Day of Fire.

Our Father – El cristianismo en pocas palabras.


Para além de proclamar o Reino de Deus, qual é a intenção original de Jesus? Os apóstolos fizeram esta pergunta directamente a Jesus usando um rodeio linguístico típico daquele tempo: « Senhor, ensina-nos a orar» (Lucas 11, 1). Isto é o mesmo que pedir: «Dá-nos um resumo da tua mensagem, do que propões.» Jesus responde com o Pai Nosso. É a ipsissima vox Jesu [a própria voz de Jesus], a palavra que saíu indubitavelmente do Jesus histórico.
Nesta oração está o mínimo dos mínimos da mensagem de Deus: Deus-Abba [Pai] e o seu Reino, o ser humano e as suas necessidades. Mais resumidamente, trata-se do Pai nosso e do pão nosso [juntos] no círculo do sonho do Reino de Deus. Aqui encontram-se os dois movimentos: um, para o céu e aí encontra Deus como Abba, Pai nosso querido e o seu projecto de resgate de toda a criação (o Reino); outro, para a Terra e aí encontra o pão nosso, sem o qual não podemos viver. Observe-se que não se diz «meu Pai» mas «Pai nosso», nem «meu pão» mas «pão nosso de cada dia».

Tradução instantânea de parte deste. texto de Leonardo Boff

Note: I know about the accusations of other churches to Bethel, that they have gone too far and they don’t follow the sound doctrine. I know of the accusations the Catholic church Inquisition made to the Franciscan priest Leonardo Boff, that his concern for the poor could only lead him to a false doctrine (Marxism), and of the punishments that followed. I also know (as all true Christians do) of the accusations that were made 2 thousand years ago by the Jewish church leaders, the pharisees and the sadducees, against a man called Jesus of Nazareth, that he was teaching a false doctrine supported on his claim that he was the Messiah (blasphemy), and of his subsequent condemnation to death.

Aos amigos do ‘cheque-ensino’.

Liberais no que é para os outros, socialistas para o que lhes convém.

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O português tem uma característica peculiar que o distingue dos outros europeus e que pouca gente parece notar: é tendencialmente canhoto. Reparem, por exemplo, que embora em Portugal a condução se faça pela direita, logo que há duas faixas a maioria dos condutores circula… pela esquerda. Mas, não é um canhoto radical, tende para um equilíbrio ambidestro. Voltando ao exemplo rodoviário, sempre que uma via tem três faixas a maioria dos condutores circula pela do meio, embora sempre preparados para passar para a faixa da esquerda. (Quando a via tem mais do que três faixas, o condutor português sente-se perdido e, nesse caso, paradoxalmente, tem tendência para se encostar à direita.)

A mesma tendência sinistra se verifica na forma como o português entende as posições ideológicas partidárias. Localiza, por exemplo, a social-democracia (que é uma forma de marxismo) no centro-direita, ao contrário de quase todos os outros cidadãos europeus que a situam no centro esquerda. Vê a democracia-cristã como extrema-direita, ao passo que os outros europeus a entendem como centro-direita. No que respeita ao liberalismo, a tendência do cidadão português não foge a esta mesma regra. O liberal português é, na generalidade, contra a ideia de o Estado ser um actor da, ou participar directamente na, actividade económica, por que isso distorce as regras do mercado livre – diz. Mas, no caso particular dos sectores da actividade económica a que está de alguma forma ligado, ou de que é dependente, o luso liberal defende assanhadamente que o Estado o deve financiar – e aí já se está nas tintas para o mercado livre. O liberal português não é, pois, um neoliberal; é um meoliberal*.

No entanto, os meo-liberais podem ter duas apresentações distintas – e há que distingui-los. (E, vem tudo isto a propósito do famigerado cheque-ensino ou, melhor, cheque-escolar, vejam lá.)

Há os que o anunciam, de modo acéfalo, como uma espécie de elixir milagroso que irá supostamente curar todos os males de que padece a ensino em Portugal. A estes devo referir que os entendo. Muito bem, por sinal. O que eles pensam, mas não dizem, diz a Laura, uma jovem empresária e mamã com filhos em idade escolar minha conhecida, alto e bom som, para quem quiser ouvir: «Tive que tirar os meus filhos da escola pública (e ela refere-se a escolas do concelho de Oeiras que têm muito poucos problemas ditos “étnicos”) porque está cada vez mais cheia de pretos. Também não admira: as pretas parem que nem coelhas porque o Estado as subsidia de todas as maneiras e feitios, com assistência gratuita nos Centros de Saúde, com abonos de família, e aos maridos com o RSI.» Também nisto o liberal português é, obviamente, muito liberal; e tolerante; e grande defensor da integração das diferentes raças e etnias… Desde que seja longe do sítio onde ele mora e da escola que os filhos frequentam.

Outros, mais finos, (fazendo jus ao apelido) usam melhor argumentação. E dão exemplos de outros países onde os valores percentuais da frequência do ensino privado com financiamento público são mais elevados do que em Portugal. Sabem eles muito bem, os raposos deste país, que os valores estatísticos não se explicam a si mesmos. Sabem eles muito bem que os exemplos dados são de países onde o ensino privado tem uma forte presença desde longa data. A maioria desses países dados como exemplo nunca investiram estruturalmente no ensino público como Portugal fez. Usar índices e estatísticas para comparar o que não é comparável pode ser muito esperto, mas não é certamente honesto.

O cheque-ensino é um erro. Repito: o cheque-ensino é um erro crasso neste país, neste momento. Em Portugal, onde foram investidos tantos biliões de euros no ensino público, e neste particular momento de recessão demográfica, financiar um sistema de ensino paralelo é deitar fora todo o investimento feito no público. Já os estou a ouvir, os finos e os menos finos meo-liberais, a tentarem colocar-me etiquetas que não me servem de modo algum. Não sou contra o ensino privado, muito pelo contrário. Tive oportunidade de frequentar ambos, o público e o privado, nos meus tempos de estudante (de escola). E, diz-me a experiência, o sistema de ensino que parece funcionar melhor para os portugueses não é o público, é o privado cooperativo. (Um verdadeiro paradoxo se pensarmos que os portugueses raramente se entendem, por exemplo, em questões condominiais.)

O caminho para reformar o ensino em Portugal não é definitivamente este. É outro, e já estava a ser seguido em algumas escolas públicas: mais autonomia administrativa, associações de pais, cooperativas ou não, apoiadas ou não em instituições locais (privadas, de solidariedade, municipais ou outras quaisquer) assumem a gestão não científica da escola e escolhem representantes para a gestão da área cientifica. Não há distribuição de cheques ao domicílio. O Estado financia as actividades consideradas básicas na escola (como tem feito) e exige responsabilidades a um conselho de gestão escolhido por uma assembleia de pais, encarregados de educação e, se for o caso, representantes das instituições locais de apoio. Nos casos em que isso não seja possível, por falta de acordo entre os interessados ou por falta de capacidade financeira, o Estado manterá a escola pública nos moldes actuais.

É claro que quem optar por ter os filhos num colégio particular deve continuar a ter toda a liberdade para o fazer. E, deve ter benefícios fiscais se o fizer, porque não é justo pagar duas vezes pela mesma coisa. A liberdade é isso mesmo, mas não à custa de cheques do Estado. Os meo-liberais censuram os dependentes que recebem cheques do Estado (em RSI, em subsídios, pensões e reformas) mas estão dispostos a recebe-los também. É o grau zero da coerência. Pior do que isso, é a negação daquilo que se afirmam. Qual é, afinal, o ideal liberal? O Estado andar a sacar altos impostos a todos para distribuir cheques a alguns? Ou diminuir os impostos para dar aos cidadãos mais liberdade para usar esse dinheiro que deixa de lhes retirar?

*Um “liberal” que exige constantemente ao Estado: “dá cá o m€o”.

São cada vez mais os que se dizem discípulos de Jesus Cristo.

Mas, quantos serão realmente os verdadeiros discípulos nas condições exigidas pelo Senhor?

Grandes multidões seguiam Jesus, que lhes falou assim: Todo aquele que quiser ser meu seguidor deve amar-me mais do que ao próprio pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, ou irmãs, sim, mais do que à sua própria vida; de outra forma não pode ser meu discípulo. E ninguém pode ser meu discípulo se não carregar a sua própria cruz e me seguir.
Mas não deve começar a seguir-me enquanto não tiver pensado no custo que isso implica, pois quem começaria a construir um edifício sem primeiro fazer cálculos e verificar se tem dinheiro suficiente para pagar as contas? De outro modo, arrisca-se a só poder lançar os alicerces, por se terem esgotado os recursos. E então toda a gente troçaria dele! ‘Vêem aquele homem?
(…) Semelhantemente, ninguém pode tornar-se meu discípulo sem ter primeiro calculado bem o que isso representa, e sem ter renunciado a tudo por amor a mim.
Lucas 14, 25-33

Pig’s breakfast.

Ministra da Justiça defende corte de salários para evitar despedimentos
Nuno Rodrigues, 05 Set, 2013 (RTP, em Artigos & Notícias)
Em entrevista à TVI 24, Paula Teixeira da Cruz aconselhou mesmo os sindicatos a negociarem reduções salariais para que fiquem protegidos postos de trabalho e, deu como exemplo a seguir em Portugal, o que foi feito na Alemanha nos anos 90. …

Hidden by glowing stats, Germany’s poor struggle
By Frank Jordans | Associated Press – Sep 13, 2013

But many economists say the reforms — begun by Merkel’s center-left predecessor — have also pushed down real wages and put hundreds of thousands precariously close to the poverty line. …
Since Merkel came to power in 2005, the number of people considered in poverty or on its borderline has grown by about 400,000 to 12 million, according to the Federal Statistics Office. …
[Ocultados por estatísticas brilhantes, os pobres da Alemanha lutam

Mas muitos economistas dizem que as reformas – iniciadas pelo predecessor centro-esquerda de Merkel – fizeram baixar os salários reais e puseram centenas de milhares de pessoas à beira da pobreza. …
Desde que Merkel chegou ao poder, em 2005, o número de pessoas consideradas em situação de pobreza ou no seu limiar aumentou de 400 mil para 12 milhões, de acordo com o Instituto Federal de Estatísticas alemão. …]

Comissão Europeia gastou oito milhões de euros em festas e jactos privados
22 Agosto 2013 (jornal Q)
Enquanto exige aos países da zona euro mais austeridade para reduzir o défice, a Comissão Europeia (CE) não tem refreado os seus próprios gastos. De acordo com uma investigação jornalística, os comissários europeus gastaram cerca de oito milhões de euros em jactos privados, festas e férias luxuosas.