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Love Over Gold.

It takes love over gold, and mind over matter to do what you do that you must; when the things that you hold can fall and be shattered, or run through your fingers like dust.

Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo; há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos.
1 Coríntios 12: 4-6 (1 Corinthians 12: 4-6)

May Day.

“There will be a time when our silence will be more powerful than the voices you strangle today.”

(Virá um tempo em que o nosso silêncio será mais poderoso do que estas vozes que sufocais hoje.)

À consideração dos que acham que não vale a pena lutar por direitos laborais.


Durante oito horas por dia, Sagira faz “bidis” – cigarros castanhos finos que são tão importantes para a vida dos indianos como o chá e os pães espalmados.
Ela tem 11 anos de idade.
Sagira é uma das muitas centenas de milhar de crianças labutando nos cantos esconsos da India rural. …

Sob a lei indiana isto é legal.

… 75 rupias (1 dólar e meio) por cada 1000 “bidis” enrolados,…

Tradução rápida de breves excertos deste artigo de imprensa. Pode ver mais imagens documentais desta notícia clicando na foto em baixo.

Desempregados, uni-vos!

Monumento ao desempregado - cartaz
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Estar desempregado não é vergonha.
Vergonha é viver num país onde mais de 600 mil pessoas não conseguem arranjar trabalho digno, a juntar a mais de 1 milhão de explorados em regime de precariedade laboral.
Juntos, representam mais de 1/3 da população activa portuguesa, estimada em cerca de 4 milhões e meio de pessoas.
Unidos, serão a maior força viva neste país.
 Só a união faz a força.
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Para participares nesta performance colectiva e saberes mais informações:
monumentoaodesempregadodoano@gmail.com
http://www.monumentoaodesempregadodoano2010.blogspot.com
Inscrições até ao dia 25 de Maio de 2010.
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O direito ao trabalho e uma visão do Estado social.

Welfare State shoesWe live in a country where the poorest members of society are literally trapped. We pay them millions not to work, simply maintaining them at subsistence level like prisoners of the state. (…) A million of those out of work have been jobless for a decade or more. They see their chances of getting a job in the future as so remote as to be barely worth considering. The chances of their children ever finding work are beginning to look slim too. The neighbourhoods in which they live are falling apart. The squalor is palpable; crime rampant; local schools are very often failing or ‘sink’ schools. If you think I’m exaggerating, choose any area with a high level of welfare-dependency and go and look for yourself. (…)
(How eugenics poisoned the welfare state, Dennis Sewell, 28 November 2009, Spectator.co.uk)
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Tradução:
Vivemos num país em que os membros mais pobres da sociedade estão literalmente aprisionados. Pagamos-lhes milhões para não trabalharem mantendo-os simplesmente ao nível da subsistência como prisioneiros do Estado. (…) Muitos dos que se encontram sem trabalho estão desempregados há uma década ou mais. Eles vêem as suas hipóteses de arranjar um emprego tão remotas que nem vale a pena tomá-las em consideração. As hipóteses dos seus filhos alguma vez arranjarem um emprego começam também a ficar a ficar ténues. Os bairros onde vivem estão a cair aos bocados. A miséria é palpável; a criminalidade desenfreada; as escolas locais são o mais das vezes falhadas ou “sumidouros” educativos. Se pensam que estou a exagerar, escolham uma zona qualquer com alto nível de dependência da assistência social e vão ver por vocês mesmos. (…)
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Se fosse publicada aqui apenas a tradução alguém desconfiaria que o texto se refere à realidade britânica?
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MayDay 2010: dá a volta à precariedade.

May Day 2010 - cartaz
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Ser precário é eventualmente fazer estágios de profissionalização para animar as estatísticas do governo.
Ser precário é não ter a certeza de arranjar trabalho amanhã.
Ser precário é não ter direito ao subsídio de desemprego, mesmo quando já se trabalhou muito e agora não se tem trabalho.
Ser precário é ser obrigado a fazer descontos mesmo quando não se ganhou dinheiro.
Ser precário é receber um salário de miséria e engrossar o cabedal das empresas de trabalho temporário, muitas delas nas mãos dos boys e dos manda-chuvas dos grandes partidos.
Ser precário é não ser contabilizado nas já extensas listas dos desempregados.
Ser precário é trabalhar sem contrato e poder sempre ser despedido sem justa causa.
Ser precário é estar sistematicamente «à experiência», por muito comprovadamente experiente que se seja.

Ser precário é não poder ter filhos, porque os patrões não gostam de grávidas, nem de mães competentes, nem de pais demasiado presentes.

Ser precário é não ter a certeza de poder pagar a renda, é ter a certeza de que o dinheiro não dá para todas as facturas.
Ser precário é ter de comer menos e menos vezes por dia, excepto quando a família ou os amigos se compadecem.

Ser precário é ter vontade de ir para a rua gritar.
Ser precário é ser obrigado a ir para a rua gritar.
Ser precário é decidir ir para a rua gritar.


Ser precário é, de súbito, ter consciência de que se todos dermos as mãos e batermos os pés, O MUNDO TREME.
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Calcula-se que os trabalhadores precários sejam actualmente mais de 1 milhão e 500 mil. Se apenas 1 em cada 10 for à manifestação serão 150 mil pessoas unidas no mesmo protesto – 150 mil… “eles” vão dar por isso.
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Convite aos trabalhadores precários, tarefeiros, temporários e

a todos os ‘mal-empregados’ em geral.

 

MAyDay Lx 2010 - Reunir 20 Março

 

Quem desconta obrigatoriamente para a Segurança Social tem que ter, no mínimo, o direito a apoio nos períodos de doença e a subsídio no desemprego.

Os direitos conquistam-se lutando!
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Nova petição contra a precariedade laboral,

em especial contra a escravatura legal dos falsos trabalhadores independentes (a recibos verdes) relativamente aos descontos obrigatórios permanentes para a Segurança Social, os quais nem sequer tomam em consideração os períodos de inactividade forçada (sem rendimentos) a que estes trabalhadores estão sujeitos com frequência – períodos de doença, de “dispensa” temporária por parte das entidades patronais, de férias das empresas, etc, que não correspondem a períodos efectivos de suspensão da actividade.

Encorajo todos a assinar. Novamente.

Antes da dívida temos direitos

clique na imagem para ser direccionado ao sítio de suporte da petição
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Sei que alguns (talvez muitos?) dos que por aqui passam tendem  já a duvidar da eficácia e mesmo da utilidade destas acções peticionárias. Para encorajar e animar esses em especial, transcrevo parte da parábola do juiz e da viúva, contada por Jesus para ensinar aos que O seguiam o valor da perseverança:

«Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário.’ Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: ‘Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens, contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.’»
(Lucas 18, 2-5)

 

A desvergonha personificada:

– Uma tragicomédia em acto único.

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Máscaras gregas teatrais

Entra em cena o grande líder e diz de modo melífluo:

“Os portugueses sabem que o PS e a maioria PS nunca abusou do poder que tinha”1

O povo responde em coro:

“Vimos vir uns dez ou 12. Disseram que os queijos tinham de ser presos, que os levavam para os destruir. Enervei-me de tal maneira que os desfiz eu, no chão. Desfiz 26 no valor de 150 a 200 euros. …”2

Ouve-se, vinda de fora de cena, a voz de um mecenas:

“as competências atribuídas de autoridade e órgão de polícia criminal à ASAE foram de pura iniciativa governamental, não mencionando a autorização legislativa parlamentar, quando a atribuição do seu estatuto e poderes é uma reserva da competência da Assembleia da República, que não foi respeitada”3

Volta a falar o grande líder, agora de forma insidiosa:

“Isso é um abuso, é não respeitar a democracia. A nossa legitimidade está intocável”1

Ouve-se uma voz singular saída do coro-povo:

“… Que venha o senhor ministro fazer queijos um mês e me dê o salário dele. Levaram-me 13 queijos, quero ver agora quem paga as minhas contas”2

De novo o grande líder, sibilinamente:

“Distingue-me do PSD, fundamentalmente, um ponto: as funções sociais do Estado”

“Estou muito satisfeito comigo (…) Mas não quero ser juiz em causa própria, vamos deixar esse julgamento para os portugueses”1

Vamos, pois!

(o) PS: virá a descobrir que este grande líder e o improvável grupo de sequazes que o acompanha são uma nódoa que levará anos a sair; vai ser pior, muito pior, do que a nódoa provocada pelo cherne escapista.

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1José Sócrates quer “coligação com o país”, 2009-06-17, Jornal de Notícias.

2Acção da ASAE em Mirandela deixa comerciantes de queijo indignados, 2009-06-05, Diário de Trás-os-Montes.

3Empresário avança com acção contra a ASAE, 2008-11-16, Jornal de Notícias.

Hoje não esquecer: MayDay, MayDay!

Precário(a), temporário(a), estagiário(a), desempregado(a), explorado(a), vai manifestar-te HOJE pelo TEU DIREITO a seres TRATADO COMO UMA PESSOA.

Cartaz parada may day lisboa 2009

Em Lisboa: concentração ao meio-dia no Largo Luís de Camões. Ainda tens tempo – o desfile é só às 2 e meia da tarde.

Cartaz oficial mayday Porto 2009

No Porto: concentração ao meio-dia na Praça dos Poveiro. Ainda vais a tempo. Leva “morfes” e partilha, porque vai lá haver muita gente gira de certeza.

Se tu não cuidares de ti, quem cuidará?