Monthly Archives: March 2010

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico.(1)

2010: Português torna-se língua universal por decreto do governo socialista. Porreiro, pá!

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Livro: Desacordo Ortográfico - capaA escritora Ana Maria Magalhães apresentou em 23 de Março passado, em Mértola, um livro escrito em conjunto com a actual Ministra da Educação, Isabel Alçada, sobre o qual esclareceu:
“Relativamente à utilização das regras do novo Acordo Ortográfico a decisão não é das autoras, mas sim da editora”, tendo acrescentado: “nós escrevemos como sempre, quando se tornar universal teremos de nos sujeitar”. (Lusa, 23.03.10)
Pois sim, Senhora Ministra, nós também “escrevemos como sempre”. E não apenas “escrevemos como sempre” como continuaremos para sempre a escrever da mesma forma. Aliás, o que mais se vê por aí, Senhora Ministra, é gente a escrever “como sempre”; parece que há uns quantos que bem se esforçam por passar a escrever “como nunca”, pois com certeza, ele há gostos para tudo, mas o facto é que nem mesmo esses poucos, se bem que esforçados, conseguem escrever segundo “novas regras” que ninguém entende.
(…)
“Quando se tornar universal”, Senhora Ministra? Mal que lhe perguntemos, e com o devido respeito, o que pretendia Vossa Excelência dizer com isso? Algum “lapsus linguae” terá sido, com certeza; é natural, é humano, acontece a todos, até aos melhores dos melhores. A Língua Portuguesa é universal desde pelo menos o século XVI, como sabemos, e portanto não haverá nessa universalidade nenhum “quando” porque… ela já o é há muito tempo.
E, a propósito, Senhora Ministra: “sujeitar”? Mas como “sujeitar”? O que vem a ser isso de “sujeitar”? Quem, nós?
Não, Senhora Ministra. Nós não nos sujeitaremos.
(Acordo Ortográfico – Não, Senhora Ministra! por João Pedro Graça*, 25 Março 2010, Free Zone – revista online)

*João Pedro Graça é coordenador do movimento ILC (Iniciativa Legislativa de Cidadãos) contra o Acordo Ortográfico, que pode ser consultado em http://apdeites2.cedilha.net e está também no Facebook.

Agnus Dei.(5)

Eis que Jesus sobe a Jerusalém e anuncia aos seus discípulos pela terceira vez a sua paixão, crucificação e morte:

… o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, que o vão condenar à morte. Hão-de entregá-lo aos pagãos, que o vão escarnecer, açoitar e crucificar. Mas Ele ressuscitará ao terceiro dia. …
(Mateus 20, 18 e 19)

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E, o que fazem os  discípulos perante este anúncio?
Questionam-no sobre esta sua decisão, sobre a necessidade deste seu sacrifício? Tentam impedi-lo de ir?

Não. Pedem-lhe lugares de poder junto dele:

… «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda.» Jesus respondeu: «Não sabeis o que pedis. (…) Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. …
(Marcos 10, 37-38 e 41)
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Mesmo perante o supremo sacrifício de amor da sua própria morte, a ambição do poder e a cupidez de alguns homens (e estes não eram uns quaisquer, mas seus discípulos) não cessa.
Como poderia deixar de haver – que justiça seria a de Deus se não houvesse – um julgamento final?
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Ah! Mas todas estas coisas só são verdadeiras para aqueles que acreditam em Deus e na sua Justiça – dirão os não crentes.
Não! Mesmo os que não acreditam em Deus sabem que tudo o que existe no universo depende de estados de equilíbrio. E, que todos os desequilíbrios se reequilibrarão, mais cedo ou mais tarde, de uma forma ou de ou de outra*.
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*Por exemplo, o sistema solar, do qual faz parte o planeta Terra, deve a sua existência ao tremendo e explosivo reequilíbrio de uma estrela gigante vermelha que existia uns milhões de anos antes, de acordo com os actuais conhecimentos de Física e Astronomia.
Há muitas maneiras de reconhecer a existência de Deus e são muitos os cientistas que aí chegaram por via da Ciência. No entanto, só há um caminho para chegar até Ele: Jesus Cristo. Conforme está escrito: “Eu sou o caminho, a verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim.” (João 14, 6)
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Pedro Passos Coelho foi eleito presidente do PSD.

Mesma estatura
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José Sócrates Sousa tem finalmente um adversário da mesma estatura.
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Parabéns.
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A vingança do sr. Silva.

O Princípe de Maquiavel - capaO sr. Silva, que é também Aníbal (em fenício Hanni-baal, que significa «recebi a graça de Baal»), está nas suas sete quintas: domina.

Tem o sr. Sousa, de nome José (do egípcio que significaria «Descobridor das coisas ocultas») preso pela coleira da dívida pública e submetido pela trela do centésimo, nonagésimo quinto constitucional artigo. E, tem também preso numa jaula a que chama estabilidade política um grupo de robertos que não sabem sequer para que serve ser Oposição – pois se fora para estabilizar chamar-se-ia Estabilização, como é fácil perceber.

Quinze anos volvidos de ter sido empurrado para fora do poder pelos socialistas e seus próximos, o sr. Silva perpetra a sua vingança política.

Eis a plena justificação do Ostracismo.

Pois, de que outra forma é possível compreender o social-democrata beneplácito ao PEC socialista?

« …: não se governa nem se deixa governar!» *

(…)
Uma última pergunta deve colocar-se aos portugueses, neste momento particular em que muitos se apercebem que o país tem sido muito mal conduzido: Querem poder governar-se, ou preferem continuar a ser (mal) governados por gente gananciosa e sem escrúpulos como tem acontecido?

(As verdadeiras e as falsas questões para se chegar à democracia, 23 Março 2010, no blogue Democracia Directa – V.C.)

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*«Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho: não se governa nem se deixa governar!» – frase escrita no séc. I ou II a. C. por um general romano em serviço na Ibéria (seria o nosso Sertório?) em carta enviada ao Imperador. A autoria da frase passou mais tarde a ser atribuída a Caio Júlio César.

Como termina o Triunfo dos Porcos ou outra qualquer distopia.

(na continuação do postal anterior)
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Nota: Quem tiver vontade e tempo disponível (1hora e 12 minutos) para ver este filme de animação completo, pode fazê-lo aqui.

Os socialistas ‘dos bolsos rotos’ e a nova agressão fiscal.

Numa cena do filme de Bertolucci intitulado 1900, que vi há muitos anos atrás, ouve-se uma frase que nunca esqueci: Olmo Dalcò, o rapazinho filho de um trabalhador rural comunista, diz ao seu amigo Alfredo Berlinghieri, filho de um grande proprietário rural, a propósito da sua crónica falta de dinheiro, “sou socialista dos bolsos rotos”.
Socialismo (a agressão do)Enquanto anda toda a gente entretida a discutir os aumentos de impostos  previstos no PEC para 2011, desde o final do ano passado, muito discretamente, o governo – provavelmente nas pessoas do seu primeiro ministro e do seu ministro das Finanças – ordenou uma nova agressão fiscal sobre os contribuintes. Poucas notícias sobre o assunto têm saído nos jornais mas, por exemplo, muitos cidadãos automobilistas terão já notado (alguns por seu próprio prejuízo) também um aumento da pressão fiscalizadora das polícias de trânsito, num recrudescer do que vulgarmente é designado por “caça à multa” no início deste ano.
Tal como o Olmo, também os gestores socialistas da coisa pública em Portugal, o Estado, têm os bolsos rotos e, por isso, cada vez estão a ir mais ao bolso dos portugueses. Como, se os impostos não aumentaram ainda? Através de uma renovada fúria cega e indiscriminada de penhoras, coimas e multas.
Mas, o resultado dessa agressão vai ser pífio e só servirá para aumentar, ainda mais, a conflitualidade social (a qual virá a transformar-se num sorvedouro de recursos por causa dos gastos crescentes com a segurança pública). Porquê? Porque o universo de incidência destas cobranças é agora incomparavelmente menor e os continuadamente perseguidos já possuem muito pouco – nalguns casos, mesmo nada – de que o Estado se possa apropriar.
O que acontecerá a seguir, com elevado grau de probabilidade, já o venho prevendo desde há muito e este será o momento de o publicar*.

(a continuar)

*Se o houvesse feito antes, poucos estariam dispostos a aceitar dada a animosidade que este governo conseguiu fazer veicular nos meios de comunicação contra os contribuintes acusados (condenados e executados sem produção de prova) de faltosos – denunciados, perseguidos e expostos na praça pública como perigosos criminosos na Idade Média –, falsidade esta que o tempo e os sucessivos abusos contra muitos dos menos favorecidos foram sucessivamente desfazendo.

Portugal é um país cada vez mais desigual.

Desigualdades sociais

Segundo os dados do Eurostat, estamos no fim da lista europeia em distribuição da riqueza. (…)
Mas além do fosso crescente entre ricos e pobres, é ainda mais triste verificar que existem dois milhões de portugueses sem acesso às mínimas condições de vida.
Esta realidade é paradoxal com o discurso igualitário de esquerda, que nos habituámos a ouvir desde 1974. Atrevo-me mesmo a dizer que estes números traduzem o maior fracasso da democracia portuguesa. Não basta votar para sermos democráticos. Uma democracia é muito mais do que isso. Implica que seja possível a ascensão social, através do trabalho e de mérito, independentemente do meio social de origem.
(…)
Segundo um novo estudo da OCDE (Intergenerationl Social Mobility: ‘a family affair’?) a mobilidade social em Portugal é muito baixa, uma das piores a nível europeu. O estudo mostra que o contexto económico e educacional da família de origem é o factor determinante para o sucesso futuro. Pais com educação superior tendem a ter filhos com educação superior. E com salários vinte vezes mais elevados do que os outros.
Ou seja: não só somos pobres como a pobreza, qual carga genética, tende a propagar-se de geração em geração. O que é profundamente injusto.
É neste contexto que devemos avaliar o PEC proposto pelo Governo. Ao contrário da mentira repetida por José Sócrates, vamos mesmo ter de pagar mais impostos. E trabalhar mais anos para receber menos benefícios sociais.
Ora depois de quase quinze anos de políticas socialistas, que ajudaram a construir uma sociedade com elevados níveis de pobreza, desigualdade e imobilismo, vale a pena perguntar: em nome de que sonho ou utopia são agora exigidos mais sacrifícios aos portugueses?

(Sacrifícios em nome de quê? 16/03/10, Paulo Lopes Marcelo, Económico)

Nota: Já no ano passado o Eurostat relatava o mesmo; vale a pena ler também este texto publicado no blogue Quintus em 20 de Maio de 2009.

Só em Cristo – In Christ alone

my hope is found – se encontra a minha esperança.

He is my light, my strength, my song;
this Cornerstone, this solid Ground,
firm through the fiercest drought and storm.
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 No power of hell, no scheme of man,
Can ever pluck me from His hand;
Till He returns or calls me home,

 Here in the power of Christ I’ll stand.

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Uma estranha reserva

ou o calar fundo do desejo colectivo?

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Wishful thinkingNão sei exactamente quantos comentários terá em média cada postagem do blogue A Educação do Meu Umbigo, mas calculo que sejam mais de 50. Mesmo naquelas em que o Paulo Guinote se limita a colocar um simples vídeo musical, o número de comentários costuma ser superior a uma dezena.

Por essa razão parece muito estranho (a mim, pelo menos) que este curto postal de quarta-feira passada, dia 17 de Março, em que o Paulo comentava uma notícia do JN sobre as goradas negociações entre o governo e a frente comum dos sindicatos da administração pública, tenha somente 4 comentários.

Será que alguém partilha comigo esta estranheza?