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Aprovada a adopção de crianças por pares de homossexuais – o estupro da democracia.

– Num país com mais de 1 milhão de desempregados e mais de 2 milhões pessoas a viverem em estado de extrema pobreza;
– Num país onde as desigualdades sociais e económicas continuam a crescer sem cessar;
– Num país em que grassa a precaridade laboral e campeia a corrupção;
– Num país… (esta lista podia alongar-se muito)

uma das primeiras leis que os deputados da Assembleia da República – acabados de ser eleitos para uma nova legislatura – aprovam, é uma lei que permite a adopção de crianças por pares de homossexuais.

E, chamam a isso uma “vitória da democracia”.

democracy - 2 wolves 1 lamb votingMas não é. É um abuso da democracia.
A democracia é a expressão da vontade da maioria e a maioria, a esmagadora maioria dos portugueses, não mandatou os deputados para aprovarem isto.

Esta é uma lei ‘contra naturam’. Por isso, e sem ser necessário qualquer julgamento de carácter moral, pode afirmar-se que esta é uma lei criminosa (esta é mais uma lei criminosa) contra aqueles membros da sociedade que não podem defender-se, as crianças.

Nota 1: Se quisesse fazer algum julgamento de carácter moral diria apenas que só os cobardes é que maltratam (e matam) os indefesos.

Nota 2: Se não percebem por que razão afirmo que uma acção ‘contra naturam’ é uma acção criminosa, pensem que as mesmas pessoas que fizeram e aprovaram esta lei se afirmam ecologistas e consideram criminosa qualquer acção contra a Natureza. E, são estas mesmas pessoas que fizeram e aprovaram a lei do aborto que consideram criminosas as touradas, as experiências laboratoriais em ratos e a pena de morte para os homicídas – só para dar alguns exemplos da estúpida incoerência.

Publicidade enganosa da Vodafone.

Tenho aberto à minha frente o catálogo publicitário “shop – guia de telemóveis, tarifários e novidades”, número 53 – Janeiro 2013, da Vodafone, numa página com o título “Banda Larga Móvel”. (Indico o título porque as páginas não estão numeradas.)

Um dos serviços (também referidos como “planos” ou tarifários”) anunciados na página tem o subtítulo “Best Net – utilização regular e intensiva” e refere imediatamente a seguir tratar-se de, transcrevo, “pós-pagos sempre com o mesmo valor de factura e sem limite de tráfego ou de tempo“. (Sem qualquer chamada ou ligação para outro texto ou anotação.)

No entanto, indo ler uma espécie de notas em letras muito pequeninas na base da página encontra-se o seguinte: “A Vodafone reserva o direito de aplicar medidas restritivas à utilização do Serviço de Banda Larga Móvel (…) no que reporta ao volume de utilização, a Vodafone reserva o direito de , após verificado um consumo acumulado de 15 Gigabytes no respectivo período de facturação mensal, reduzir temporariamente e até ao final desse período a velocidade de serviço disponível ao Cliente.”

Clique para ver maior(es as letras pequeninas)

Clique para poder ler as letras pequeninas

A empresa anuncia um serviço “sem limites” que depois – em letras pequeninas – afirma ser limitado ao “consumo … de 15 Gigabytes no … período de facturação”. Esta publicidade viola claramente o preceituado no artigo 10.º (Princípio da veracidade) do Código da Publicidade, caindo no âmbito do artigo 11.º (Publicidade enganosa) do mesmo Código, designadamente nas condições descritas no n.º1 do artigo 7.º (Acções enganosas) do Decreto-Lei n.º 57/2008.

Assim, este cidadão (e consumidor) reserva-se o direito de, no prazo de 5 dias a contar da presente data, levar este ilícito ao conhecimento da ANACOM – Autoridade Nacional de Telecomunicações, da DGC – Direcção Geral do Consumidor e da DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.

Só podem ser masoquistas!

(Digo isto dos portugueses porque me recuso a acreditar que sejam estúpidos.)

Então, os bancos tratam-nos assim e eles continuam a entregar-se-lhes?

Deixam-se maltratar por estes bancos manhosos, mal geridos e que não cumprem a lei?

Pois, se pensar, até uma criança de 12 anos percebe:

Censura pura e dura em Itália.

A Itália vem atravessando problemas económicos e de financiamento público bastante mais graves do que a Espanha. Contudo, ao contrário da abundância de notícias sobre o aprofundamento da crise espanhola, encontrar informação sobre o agravamento da situação económico-financeira italiana é presentemente muito difícil. Porquê? Boa parte da explicação pode ser encontrada nesta nota noticiosa de que faço a seguinte transcrição parcial, traduzida o mais exactamente possível (na medida das minhas capacidades de tradução do italiano):

Falando hoje no Festival de Jornalismo de Peruggia 2012, a ministra da Justiça Paola Severino fez declarações sobre a questão da informação referindo três pontos fundamentais: controle sobre blogues e facebook; filtragem de escutas; punição de jornalistas, editores e empresas em casos de (considerados como) publicidade camuflada. A ministra anunciou que estão em estudo novas regras para (a actividade d)os blogues. Eis as declarações da ministra Severino publicadas pelo jornal Corriere: «Os blogues podem causar mais danos que os jornais» disse a Severino, fazendo referência a legislação europeia que visa impedir que os fornecedores do desrviço de internet possam mudar-se para países onde a malha legal é mais larga. «Os cidadãos têm o direito de falar uns com os outros, mas devem seguir as regras», disse a ministra criando um grande alvoroço no mundo digital (…). « Escrever num blogue não autoriza a escrever qualquer coisa, sobretudo no que respeita aos direitos dos outros. Os blogues têm capacidade para difundir o pensamento mas isso não deve tornar-se uma liberdade de escolha», repetiu a Severino que apontou prever para muito breve uma regulamentação. (…) E conclui com um aviso: «Saibam que aquilo que fazem aos outros pode ser-vos feito a vós. Comecem a regulamentar-vos a vós mesmos». Um aviso que soa mais como uma ameaça. …

Como é fácil depreender destas afirmações ( e das que se lhes seguem), a comunicação social italiana já está fortemente condicionada (com ameaça de mais restrições punitivas) e estão em curso acções legislativas inibidoras da liberdade de expressão na blogosfera e nas redes sociais. Orwell só se terá enganado na data da sua distopia. Imaginem a brevidade com que serão importadas estas medidas para Portugal, uma vez aprovadas na Itália e noutros países da UE…

Dois textos de justa indignação sobre duas histórias reais.

Margarida Corrêa de Aguiar acerca do aprofundamento da brutalidade da injustiça fiscal:


O nosso emigrante foi triplamente castigado, teve que emigrar para trabalhar e ganhar o seu sustento e ajudar ao da família, teve que renunciar a uma vida familiar normal e como ainda não bastasse é onerado com um IMI 14 vezes superior ao que pagaria se tivesse optado por ser desempregado em Portugal.
Mas que Estado é este que quer combater regimes fiscais de países terceiros como o Uruguai maltratando os seus nacionaisemigrados. Que taxas confiscatórias são estas que visam uma subtração do património.

Maria João Marques a respeito da farisaica hipocrisia religiosa prevalecente na ICAR:

uma Igreja que se reúne em locais assépticos, que não vai de encontro ao mundo, que não se dá a conhecer, uma comunidade de puros que olha com desconfiança tudo o que é novidade pelo facto de ser novidade (…). Uma Igreja de fariseus, portanto. Uma Igreja que se envergonha – só pode! – de Jesus, que tudo fez para ir de encontro àqueles que mais dEle estavam afastados. E uma Igreja que não percebe que Deus está em toda a parte da Sua Criação, incluindo num centro comercial de arquitectura industrial.

Portugal é líder…

Em taxas, impostos, coimas e confiscos.

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Portugal é peso-pesado na fiscalidade ambiental europeia
Marisa Figueiredo, 2012-01-09, portal Ambiente Online

State made a record €250,000 a day on fines in 2011
7/1/2012, The Portugal News

Cobrança coerciva chegou a 1230 milhões de euros em 2011
Pedro Crisóstomo, 11.01.2012, Público

Esta Nação precisa de uma forte desparasitação… Urgentemente!

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A capação dos cães e a estupidez do politicamente correcto.

Até onde pode chegar a estupidez do politicamente correcto, neste caso sob a forma da sua subespécie o eugenicamente correcto?

Há uns meses atrás, um outro conhecido meu – português, a este chamemos-lhe P para poupar tempo e escrita – decidiu adoptar um cão, respondendo ao apelo da publicidade institucional politicamente correcta. E, segundo me contou recentemente, foi-se horrorizando em crescendo.

Não querendo (por enquanto) alongar a história pelas manigâncias das (assim chamadas) associações de defesa dos animais, atenho-me por agora contar-vos, devidamente autorizado por quem ma contou, aquela que ele considerou a mais revoltante resposta a uma proposta de adopção de um cão num canil municipal.
Em Outubro deste ano P foi ver o cão que está anunciado aqui(1)  e que se mostra na imagem em baixo:

Confirmou no local aquilo que até na fotografia se vê: que o cão estava doente. Pediu para falar com o veterinário mas, no lugar dele veio ao seu encontro um assessor (assim se terá apresentado) de um qualquer vereador. Perguntou-lhe o meu conhecido se o cão em referência já tinha sido visto pelo veterinário e se este já teria mandado fazer algum tipo de testes laboratoriais ao bicho, pois se encontrava visivelmente doente. Foi-lhe respondido (pelo tal assessor) que o canil não tinha verba para fazer testes, nem para tratar os animais. Uma afirmação que, só por si, é um descarado atentado à saúde pública. No entanto, o canil exige a quem adopte um animal que assine um termo de responsabilidade por ele. Então, o P (que também é de parvo) prontificou-se a pagar do seu bolso os testes que o veterinário considerasse indispensáveis para apoiar um diagnóstico da doença que afligia o canídeo, na condição de poder adoptá-lo inteiro, isto é sem ser capado. Nem pensar! O cão só sai daqui esterilizado. – terá redarguido o assessório. Mas, então… o canil não tem verba para tratar os animais, mas tem verba para pagar a esterilização? É assim. É a lei! – disse o tal. Não é verdade. A lei só obriga a esterilizar os animais das raças consideradas perigosas. Ah, pois! Não é a lei mas são os regulamentos municipais.
Vejamos a lógica da coisa. Eles têm no canil um animal sexualmente activo e doente. Não o tratam por alegada falta de verba. O animal será, pois, entregue em adopção doente. Mas, quem o adoptar tem que assinar um termo de responsabilidade por ele. Mais, antes de o entregarem para adopção, capam-no – e para isso, pelos vistos, já passa a haver verba. A pessoa que assume a responsabilidade pelo animal é assim forçada a aceitá-lo, para além de doente, castrado.

Mas que gente é esta? – exclama por fim o meu conhecido. E aqui, ele esclarece que fala tanto dos que impõem as estúpidas normas, como dos que as aceitam.

De facto, é preciso admitir que parecem estar bem uns para os outros.

O problema do politicamente correcto não é o seu aparecimento enquanto ideia nefasta na cabecinha de uma criatura qualquer – que ninguém está livre de ter ideias estúpidas. O problema, como digo, é essa criatura querer – e poder! – impor a todos os outros essa ideia prejudicial como sendo boa, ou sensata, ou higiénica, em suma, correcta.

(1) Fica guardada uma imagem (print) do anúncio referido, precavendo eventuais apagamentos.

Anúncio do Orçamento de Estado 2012.

Principais medidas anunciadas por Passos Coelho
13.10.2011 Por Lusa (Público)

O que impede Portugal de sair da crise económica? (2)

continuado daqui (1)

1. A cultura da fraude.
1.2. Um caso público com múltiplas ligações.

O caso de Amadeu Lima Carvalho, indiciado dos crimes de burla, falsificação de documentos e fraude fiscal, que veio a público pelos idos de Março de 2007, passou quase despercebido por causa destoutro semelhante do inenarrável ex-primeiro-ministro José Sócrates Sousa.
Ambos os escândalos têm em comum a sua ligação à Universidade Independente (UnI), mas divergem na aplicação das medidas preventivas judiciárias, pois Amadeu foi preso preventivamente e José não foi. (A igualdade perante a lei em Portugal continua a ser interpretada segundo a orweliana ideia de que uns são mais iguais do que outros.)

O caso voltou a ser noticiado brevemente já em Agosto de 2011, a propósito do decurso do julgamento do caso UnI. E, se a notícia nada permite concluir sobre a maioria das acusações de que estava indiciado Amadeu Lima Carvalho, ela é bem esclarecedora relativamente à prática do crime de falsificação de documentos:

“No nosso sistema informático nunca tivemos Amadeu Lima de Carvalho como aluno de direito”, garantiu a testemunha, (…)
Confrontado com vários certificados da licenciatura em direito de Lima de Carvalho, datados de 1996 e 1998, António Gonçalo garantiu que não rubricou nenhum, algo que fazia parte das suas funções enquanto chefe da secretaria.
A testemunha adiantou que o próprio Luís Arouca lhe disse que a assinatura no certificado de licenciatura de Lima de Carvalho também não era do ex-reitor.
Nos autos constam cópias de vários certificados de Amadeu Lima de Carvalho, (…) de uma licenciatura em direito tirada em 1996, outra em 1998, um mestrado em recursos humanos em 2004, a atribuição do grau de mestre em direito em 2004 e ainda o extrato de uma ata do Conselho científico na qual consta que este é nomeado professor da faculdade de direito da UNI, assinada pelo docente Nuno Miguel Gomes. (…)

A instauração do Estado policial* fiscal.

E, a Economia irá cada vez mais mal.

Fisco quer ter estatuto de polícia criminal
23 Agosto 2011, Raquel Oliveira, CM

O autor deste blogue tinha prometido a si mesmo deixar descansar a sua indignação, mesmo quanto às mentiras e tropelias iniciais deste novo governo. Mas, não há como ficar calado perante esta tentativa de abuso de poder dos detentores do verdadeiro mando deste país: a Administração Pública e, dentro desta, nos últimos 7 ou 8 anos, a Administração Fiscal. Reparem, por favor, no texto da notícia: “trabalhadores do Fisco querem mais poderes”. Verifiquem que o art.º 41º do RGIT já prevê a delegação de poderes de polícia criminal nos directores, funcionários e agentes dos Serviços de Finanças em cuja área esteja a decorrer inquérito de crime fiscal. O que os “trabalhadores(?!) do Fisco” querem não é mais poder, mas poder absolutamente discricionário.

Andou muito mal este  novo ministro das Finanças ao reconduzir os dirigentes dos serviços de Finaças que serviram o governo anterior. Andará muito pior se aumentar a arbitrariedade do poder da Administração Fiscal.

A rapina fiscal, ou melhor, as suas consequências, foram e são a causa fundamental da destruição dos grandes Estados. A guerra, a causa que costuma ser mais apontada, é mais uma grande componente da despesa incontrolada e uma destruidora do colectivo humano que gera verdadeiramente a riqueza – o povo.

Mas, esta gente não aprende mesmo?

Nota: Começo a temer que talvez tenha razão aquele que dizem ser “o mais reaccionário” blogueiro português, Pedro Arroja, e que não foi por acaso que este povo quis Salazar, e que prefere mesmo o totalitarismo.

*na Wikipedia